CERATITE ULCERATIVA - Shih-Tzu, Lhasa Apso.... " Aguardar é somente retardar e agravar o quadro oftalmológico "

Observação: Proprietário relata início do sintomas ocular como vermelhidão, secreção ocular e coceira com evolução de 3 dias e após decorrido este período observou-se quadro de ulceração profunda associado a perfuração ocular. Paciente encaminhado para atendimento especializado em Oftalmologia após recomendações do Médico Veterinário Felipe Lacerda, responsável pela Clínica Veterinária Empório das Patas - São Paulo.

SERVIÇO DE MICROCIRURGIA OCULAR VETERINÁRIA - M.V Marco Antônio Ferreira

(Atendimento especializado em Oftalmologia Veterinária)

ENTRÓPIO CONGÊNITO, CERATITE ULCERATIVA PROFUNDA E PROLAPSO DA GL. TERCEIRA PÁLPEBRA BILATERAL - SHARPEI (5 meses) * Pré-operatório

Paciente Sharpei de 5 meses de idade com histórico de prolapso da glândula de terceira pálpebra bilateral há 2 meses associado a impossibilidade de abertura das pálpebras, após aplicação de colírio anestésico pode-se notar lesões de córnea profunda em decorrência do entrópio e do uso inadvertido de colírio com corticóide. Observar que previamente ao procedimento cirúrgico o paciente não possuia visão em virtude do fechemento palpebral e no pós-operatório imediato (parte 3) o paciente apresenta reflexo de fundo de olho e boa abertura palpebral.

há 2

ENTRÓPIO CONGÊNITO, CERATITE ULCERATIVA PROFUNDA E PROLAPSO DA GL. TERCEIRA PÁLPEBRA BILATERAL - SHARPEI (5 meses) * Parte 1

ENTRÓPIO CONGÊNITO, CERATITE ULCERATIVA PROFUNDA E PROLAPSO DA GL. TERCEIRA PÁLPEBRA BILATERAL - SHARPEI (5 meses) * Parte 2

ENTRÓPIO CONGÊNITO, CERATITE ULCERATIVA PROFUNDA E PROLAPSO DA GL. TERCEIRA PÁLPEBRA BILATERAL - SHARPEI (5 meses) * Parte 3

BLEFAROPLASTIA - Neoplasia palpebral

Paciente com evolução de 6 meses da formação com crescimento rápido e infiltrativo. Realizado Blefaroplastia em "V" com sintese em dois planos. Notar correto posicionamento da margem palpebral e ausência de defeito estético pela perda tecidual local. (pós-operatório imediato)

CIRURGIA OFTAMOLÓGICA VETERINÁRIA - Microcirurgia Ocular

ULTRA-SONOGRAFIA OCULAR - Tamanduá-Mirim (Tamandua tetradactyla ) - Serviço de Medicina Veterinária de Pequenos Animais da Universidade de Franca.

ULTRA-SONOGRAFIA OFTALMOLÓGICA VETERINÁRIA

O exame de ultra-sonografia ocular, apesar de ser muito importante na oftalmologia médica e veterinária, ainda é pouco conhecido por outros porfissionais da área médica e do público leigo. A ultra-sonografia ocular visualiza o conteúdo interno do globo ocular utilizando uma sonda em contato com a pálpebra.

A ultra-sonografia ocular tem sua principal aplicação na avaliação da cavidade vítrea, em casos de catarata que impedem a visualização do fundo de olho, tumores intra-oculares e em situações onde há perda da trasnparência dos meios ópticos.

O exame é totalmente indolor e é realizado com uma sonda em contato com a pálpebra fechada do animal.

Visando realizar uma completa avaliação oftalmológica do animal, tendo como meio de diagnóstico auxiliar o exame ultra-sonográfico ocular, tive a oportunidade de buscar na medicina humana informações e técnicas modernas para implementar a rotina oftalmológica veterinária. Por meio de estágio na UNIFESP, tenho a oportunidade de aprofundar o conhecimento e absorver informações atuais, favorecendo ao diagnóstico precoce e correto.

Ceratite Ulcerativa em animais braquicefálicos.

As ceratites ulcerativas fazem parte das alterações oculares que acometem mais frequentes os animais braquicefálicos. A etiologia da ceratite ulcerativa possui a caracteristica de ser multifatorial, como exposição do globo ocular pela anatomia da raça, alterações do filme lacrimal, traumatismos diversos decorrentes de queimaduras por produtos químicos, corpos estranhos, arranhaduras, mordidas e etc. Após a lesão na superfície ocular inicia-se os seguintes sintomas oftalmológicos, prurido, congestão/hiperemia conjuntival, secreção mucóide a mucopurulenta, blefarospasmo, opacificação da córnea seguido de vascularização e dor. Observa-se que ao momento em que a lesão ganha profundidade pela córnea não observa-se dor ocular tão severa. As alterações subsequentes a injúria corneana podem ser observadas em horas ou dias posteriores, nota-se que são frequentes as alterações como melting corneano, uveite anterior, endoftalmites, formação de sinéquia anterior na perfuração, prolapso de íris e phthisis bulbi. O tratamento relaciona-se ao tipo de lesão corneana, tempo de evolução, idade do paciente e da presença de enfermidade oftalmológica secundária, mas basicamente realiza-se tratamento conservativo com colirios e em casos mais graves técnicas cirurgicas como enxerto pediculado de conjuntiva, flap conjuntival 360 graus, uso de membranas biológicas e flap de terceira pálpebra.

* Basta ficar atento ao menor sintoma de desconforto ocular do animal e procurar ajuda médica imediatamente.

ASSESSING OCULAR SURFACE - CÓRNEA

De acordo com a anatomofisiologia ocular podemos avaliar a porção mais superficial do conjunto ocular a qual é composta pela tunica fibrosa. Tecido de composto pela esclera e córnea, sendo a córnea presente em 1/4 desta lâmina fibrosa e 3/4 pela esclera.
Com caracteristcas refrativas a córnea possui extrema importância para a entrada e convergencia da luminosidade. A espessura da córnea em cães é de 0,61mm+/-0,01mm podendo apresentar-se mais espessada em cães de maior idade (até 0,9mm), quanto a espessura da córnea dos felinos podemos ter em média de 0,57mm+/-0,04mm na região central. Em relação a sua estratificação observamos que a mesma apresenta a seguinte disposição, (1) filme lacrimal pré-corneano, (2) epitélio composto por tecido pavimentoso (células pavimentosas estratificada não queratinizado) dispostas entre 6 a 8 camadas que possuem a caracteristica de se renovar cada 10 dias, aproximadamente 90% da espessura da córnea é derivada de tecido colágeno tipo I e II que juntamente com fibrócitos, ceratócitos e substância fundamental formam o (3) estroma corneano, devido a posição paralela das placas de colágeno que estão entremeadas e com espaçamento regular promovem a transparência da córnea. (4) A membrana descement é considerada a membrana basal do (5) endotélio que secreta a mesma; Esta menbrana de descement possue característica elástica e possui fibronectina que promove aderência ao endotélio e estroma. Quanto a ultima porção composta pelo endotélio nota-se uma única camada de células permanentes que estão constantemente mantendo um baixo linear de hidratação estromal, mecanismo realizado por bombas ATPases que manten a deturgescência, para a transparência corneana.